I
Oliveira Martins, no seu livro “O Helenismo e a Civilização Cristã”, estabelece a distinção entre o que significa “prestigio” e “influência”. E, à margem dessa página, o leitor pode desenvolver uma série de comparações, de raciocínios e de conclusões interessantíssimas.
O prestígio, na sua origem latina, significa ilusão produzida por artifício, por sortilégio, ou fascinação por meio de magia. Com o andar do tempo, essa palavra passou a designar a atração exercida por uma ideia, um homem, uma organização política ou social sobre as multidões. Mas ainda sob este aspecto, o prestígio não perdeu a sua primitiva significação, quer como ação exercida sobre as pluralidades humanas, quer como ilusão diretamente ligada às sensações, impressões e emotividades por ele provadas.
A influência, conforme a própria etimologia do vocábulo indica, é ação psicológica mais profunda. Significa fluir dentro, ou para dentro. De sorte que, enquanto o prestígio procura os sentidos dos homens e provoca, pelas sensações e impressões, a precipitação do processo emotivo, a influência procura as faculdades superiores: a atenção, a comparação, a análise, a síntese, determinando processos intelectivos que se traduzem em ação criadora.
Podemos dizer que o prestígio vai da pluralidade humana à singularidade individual, esta empolgada e dominada por aquela, ao passo que a influência vai da singularidade pessoal à pluralidade, sendo esta orientada e dirigida pelas singularidades conscientes e esclarecidas.
Dependendo de sensações, impressões e emoções, que são fenômenos psicológicos efêmeros por dependerem de vibrações nervosas de duração limitada, o prestígio está sujeito aos limites da resistência neuropsíquica dos aglomerados em que exerce o seu fascínio. Ao contrário, a influência, ligando-se ao poder criador dos indivíduos aos quais oferece ideias nucleares, desenvolve-se num campo onde os horizontes de dilatam, resistindo às injunções das circunstâncias e superando quaisquer limitações.
O prestígio é senhor de espaços humanos. A influência é dominadora de tempos históricos. O prestígio é feito de exterioridade. A influência vivifica as personalidades alimentando nelas o poder criador. O prestígio desgasta a pluralidade em favor do agente da fascinação; a influência enriquece as singularidades e ao mesmo tempo se enriquece pelo intercâmbio, pela troca de elementos de criação. O prestígio tira, a influência põe. O prestígio passa, a influência fica.
Tudo isso dizemos considerando o “caso integralista” no Brasil. O Integralismo, na sua íntima expressão adjetiva, exerceu prestígio; na sua íntima significação substantiva, exerceu, exerce e continuará a exercer influência. Aquele passou, e ainda que venha, de novo e por imperativos dos acontecimentos, a surgir no cenário nacional, passará também, mais uma vez. Esta, porém, com o seu valor intrínseco, perdura e ganhará um poder cada vez maior, à proporção que os acontecimentos mundiais e nacionais forem evidenciando aos que raciocinam mais lentamente, o que o Integralismo representa como filosofia, como método, como crítica, como interpretação histórica, como dedução de que há de vir, derivante das realidades atuais.
Essa doutrina política sofreu os prejuízos que lhe advieram do seu próprio prestígio. As exterioridades de que se serviu para impressionar as massas levaram os espectadores superficiais a considerá-la segundo essas exterioridades. E até mesmo a maior parte dos que se enfileiraram no movimento integralista deixaram-se dominar por essas exterioridades, escapando à influência das ideias-fontes, portadoras das energias criadoras e independentes de representações adequadas a determinado momento histórico.
Quero acentuar que, ao me referir a exterioridades não estou me referindo apenas à camisa-verde, ao sigma, ao “anauê”, às milícias com sua hierarquia e aos nossos ritos cívicos com os seus protocolos. Refiro-me também a certas ideias que, embora oportunas naquele momento, não passavam de exterioridades circunstanciais das ideias essenciais e imutáveis. Foi por isso que todos aqueles que se alimentaram da casca da grande árvore, sem provar a essência do cerne, destilada nos seus próprios pensamentos, consideraram o Integralismo como extinto, ao terminar a ultima guerra. Coincidindo certas atitudes do Integralismo (o anticomunismo, o anticapitalismo, o nacionalismo, a ampliação do poder do Estado — e nunca o seu domínio total sobre o homem como outros movimentos congêneres queriam — e mais a hierarquia, a disciplina, o planejamento econômico) com atitudes (não todas) de alguns governos apeados do Poder, inclusive o chamado Estado Novo do Brasil, os comedores da casca da árvore deram por terminada definitivamente a sua “aventura” política. Mas os que sabiam os verdadeiros fundamentos doutrinários do Integralismo não tiveram um instante sequer de dúvida; e continuaram, lutando por um pensamento que se pode utilizar de exterioridades as mais diversas, conservando-se intangível.
O Integralismo é, antes de tudo, um pensamento político baseado numa concepção do mundo e do homem. Do mesmo modo como o socialismo moderno, nas suas diferentes formas de expressão, fundamenta-se num conceito materialista do universo e do ser humano, o Integralismo alicerça-se num conceito espiritualista, abrangendo o universo com o seu Criador e o homem com a sua Alma. Firmada esta concepção, o Integralismo toma o homem como o ponto inicial da construção da Sociedade, da Nação, do Estado e das relações internacionais. Ao contrário do agnosticismo liberal, que não considera a causa e a finalidade do universo e do Homem, colocando-se num terreno neutro, o que, afinal, é atitude mais materialista do que o materialismo dogmático dos socialistas, o Integralismo toma em consideração essa causa e essa finalidade, pelo que proclama (no campo da doutrinação política, como a Igreja nos horizontes mais amplos da moral religiosa) deverem o Homem, a Sociedade, a Nação, assim como a Economia, as Finanças, a Educação, o Direito, o Estado, se subordinarem à sua concepção total das origens, dos fins transitórios e do fim supremo traçado pro Deus.
Compreendendo, pois, o Homem, de maneira total, o Integralismo não pode aceitar que o homem seja mutilado e absorvido nem pelo Estado Totalitário, nem por qualquer conceito totalitário mesmo o da própria liberdade, pois esta assim considerada atentaria contra a liberdade do Homem Singular. O Integralismo é contrário ao totalitarismo político ou econômico, justamente por adotar uma concepção totalitária do Universo e do Homem. Nunca, por conseguinte, poderia ser equiparado nem ao nazismo, nem ao fascismo, nem ao socialismo, nem ao liberalismo democrático, os quais adotam conceitos totalitários da Raça, do Estado, da Liberdade, atentando dessa forma contra a integridade do Homem.
As consequências desse princípio doutrinário, na produção de ideias centrais orientadoras da solução dos problemas brasileiros e humanos, daremos no próximo capitulo. E mostraremos como o Integralismo está exercendo uma influência decisiva em nosso país, sendo o verdadeiro inspirador de tudo o que de bom se tem feito entre nós e constituindo, pelo que se vê e se ouve, a única esperança de salvação do Brasil.
II
Baseado nos princípios doutrinários expostos no artigo precedente, o Integralismo exerceu a sua ação no Brasil sob três formas: 1º) — desenvolvendo intenso esforço de cultura, através de cursos, conferências, centros de pesquisa e de estudo dos problemas nacionais e humanos; 2º) — organizando-se no sentido da maior eficiência de um magistério moral e cívico de preparação da juventude e de um ministério social objetivando ampla assistência às classes populares; 3º) — Instruindo o povo brasileiro acerca do que lhe convém saber de sua tradição, de suas realidades, de suas possibilidades, de seu futuro, o que se fazia por meio de jornais, livros, revistas, comícios urbanos e penetração de oradores nos campos e nas pequenas cidades do interior.
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A ação cultural era indispensável quando o Integralismo apareceu na vida brasileira. Nada tínhamos até então de sistemático e permanente no que concerne à busca de conhecimentos históricos, sociais, econômicos e políticos indispensáveis à formação de uma consciência esclarecida sobre os temas vitais da nossa Pátria.
É certo que, antes de nós, alguns homens isolados abriram clareiras por onde entrássemos na densa selva dos problemas nacionais: Euclides, evidenciando-nos o contraste entre o litoral e o sertão; Farias Brito, libertando-nos das filosofias materialistas de que se tem servido o capitalismo das nações industrialmente mais adiantadas para o domínio dos povos e o socialismo no seu afã de destruição das entidades nacionais; Alberto Torres, mostrando-nos a coexistência de uma Constituição escrita e de uma Constituição viva e ativa a manifestar-se nos costumes e nas realidades da gente brasileira; Jackson de Figueiredo, propugnando a dignificação da ordem, da autoridade, da hierarquia, como condição de nossa sobrevivência; Pandiá Calógeras, oferecendo-nos dados importantíssimos sobre imperativos problemas da nossa Pátria e uma orientação cristã segura no sentido de resolvê-los; Oliveira Viana, ao mesmo tempo historiador, sociológico e crítico político, interpretando os fatos mais expressivos do Império e da República, fazendo o levantamento da carta psicossocial da formação brasileira através do estudo das populações regionais e da síntese da evolução do nosso povo. Mas não tínhamos, nem mesmo quanto ao estudo mais íntimo e profundo desses homens-índices da nossa cultura, um trabalho metódico e sistematizado.
O Integralismo mobilizou, ao mesmo tempo, os valores novos da geração de 1932 e os valores consagrados das gerações anteriores, promovendo por aqueles o estudo destes e ampliando os trabalhos de pesquisa, de exegese, de interpretação, que abrangeram, no campo do pensamento escrito, outros vultos, como Rui Barbosa, Tavares Bastos, Oliveira Lima, Couto de Magalhães, Capistrano, Teodoro Sampaio, Varnhagen, e tantos mais, e no campo da ação direta, José Bonifácio, Evaristo da Veiga, Bernardo Vasconcelos, Caxias, os Nabuco, os Rio Branco, Feijó, Paraná, Mauá, Campos Sales, Rodrigues Alves, Osvaldo Cruz, toda uma série de grandes nomes da política e da administração nacionais.
E não se limitou à crítica e à interpretação histórica, mas procurou pesquisar as realidades atuais do Brasil, desde as econômicas e financeiras, com dados de estatística e de observação, até aos puramente especulativos e até estéticos, tendo ficado célebre a série de conferências que realizou no salão da Escola Nacional de Belas Artes.
Essa ação cultural suscitou o aparecimento e vigoramento de uma geração que hoje está brilhando nas cátedras das Escolas Superiores, no Parlamento, nos altos cargos administrativos, nas assessorias técnicas, nas literaturas e no exercício das profissões liberais.
Não tenho a menor dúvida de que, pela influência cultural do Integralismo, surgiram no Brasil os atuais órgãos de pesquisa e de estudos, de formação intelectual, sociológica e política, do tipo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística da Fundação Getúlio Vargas e outros.
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As ideias de unidade nacional e de centralização política pregadas pelo Integralismo influenciaram decisivamente, quer na Constituição outorgada em 1937, quer na Constituição promulgada em 1946. O Brasil não tinha partidos nacionais; os que existiam eram regionais. Foi o Integralismo que organizou o primeiro partido nacional e que combateu a hipertrofia do poder regional dos Estados. Quanto a este, a Constituição do chamado Estado Novo suprimiu (exagerando e deturpando a ideia integralista, que excluía a ditadura e os excessos unitaristas do Poder Central) e quanto aos partidos nacionais, os nossos constituintes e legisladores, influenciados inegavelmente pelo Integralismo, trataram de criá-los; esqueceram-se, porém, das observações de Alberto Torres, quando critica as leis forjadas nos gabinetes, com desconhecimento das realidades sociais do país. Assim, decretaram que a existência destes se funda na formação de estados de espíritos oriundos de uma obra de esclarecimento e doutrinação, intensa e longa, tal como a executara o Integralismo. Mas, ainda que os partidos nacionais sejam apenas um arremedo, o simples fato de estarem consagrados pela lei evidencia a decisiva influência do Integralismo.
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Outra ideia integralista que se tornou triunfante foi o municipalismo. No Manifesto com que o Integralismo apareceu há 20 anos, o municipalismo vem consagrado. Consequência da doutrina que põe no Homem a base de toda a organização social. A liberdade e intangibilidade da pessoa humana conferidas por Deus estendem-se aos grupos naturais, de que a Família é o primeiro e o mais importante. Partindo daí, o Integralismo considera o Município como uma reunião de pessoas intangíveis e autônomas e de famílias também intangíveis e autônomas. Consequentemente, o Município participa das prerrogativas do Homem e da Família, pelo que é autônomo. Mas, essa autonomia precisa ser efetiva, ter base econômica, pois ninguém é livre se depende de outrem. Essa a razão da campanha do Integralismo em prol de uma equitativa distribuição de rendas e no sentido da menor ingerência de poderosos alheios ao Município, na vida política e administrativa local.
A Constituição de 1946 incluiu essa reivindicação integralista. E a campanha que se desencadeou no Brasil, de tempos para cá, através de congressos de municípios, de publicações e de ação parlamentar, campanha que tem como grande apóstolo o ilustre brasileiro Rafael Xavier, é uma continuação da propaganda integralista de 1932 e dos anos seguintes, propaganda essa não apenas inspirada na doutrina essencial do grande movimento, mas nas realidades expostas por observadores como Domingos Jaguaribe.
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Foi o Integralismo o primeiro movimento político-social da nossa história, que confessou de público, e proclamou, sem respeitos humanos, a crença em Deus e o princípio político que põe no Criador o fundamento de toda a ordem social. Essa ideia foi consagrada duas vezes: a primeira na Constituição de 1934, que foi derrogada pela de 1937, suprimindo esta o nome de Deus; a segunda na Carta Constitucional de 1946.
No terreno das ideias práticas, o Integralismo em seu Manifesto-Programa de 1936, propõe a criação do Ministério da Aeronáutica. E esse Ministério foi posteriormente criado. Também naquele documento se cogita da criação de um Ministério da Economia, do qual hoje se fala, ao se tratar de uma reforma estrutural do Governo. Também se propunha o Ministério das Comunicações, e hoje se está pensando na sua necessidade.
O Integralismo foi a primeira voz a reclamar a participação dos empregados nos lucros das empresas. Os constituintes de 1946 apanharam a ideia, mas tornaram-na inexequível, e não conseguirão pô-la em prática tal como convém ao país, porque pretenderam executar o invento à revelia do inventor…
O Integralismo foi o primeiro movimento que organizou uma assistência social (coisa que nunca existiu no Brasil). Fundou ambulatórios médios, lactários, farmácias, escolas de enfermagem, caixas de socorro etc. Essa ideia frutificou e hoje temos a LBA, Legião Brasileira de Assistência, que ampliou, com maiores recursos financeiros, a obra integralista.
O Integralismo idealizou os restaurantes populares, o primeiro dos quais funcionou na Gamboa, estendendo-se a outros bairros do Rio, sob a direção de Brito Pereira. A sua influência nesse sentido foi decisiva, pois hoje aí temos os serviços do SAPS e outras organizações congêneres.
O SESI e o SESC não foram mais do que a ampliação, com dinheiro compulsoriamente tirado das indústrias e do comércio, das realizações esboçadas e inicialmente realizadas, com recursos voluntários, pelo Integralismo, em verdadeiras “usinas-piloto” de atividades experimentais.
As obras no Rio São Francisco foram insistentemente reclamadas e exigidas pelos oradores integralistas, baseados nos estudos dos departamentos técnicos do Integralismo; e essa ideia teve começo de realização no quinquênio passado.
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Uma preocupação constante do Integralismo era a nacionalização dos elementos estrangeiros perigosamente enquistados em certas regiões do país, a falar um idioma que não era o nosso e a haurir a cultura das nações de sua origem. Para isso, o Integralismo fundou escolas para ensinar o português, e, para desviar os filhos dos estrangeiros da fascinação política dos países originários, deu-lhes uma camisa-verde, em oposição às camisas cáqui ou preta, do nazismo e do fascismo. Só depois de despertadas pelo Integralismo, as autoridades brasileiras cogitaram desse problema e então (estávamos em guerra) os que realizavam a ideia do Integralismo, cuja prioridade ninguém conseguirá arrebatar, acusavam esse mesmo Integralismo exatamente do contrário de quanto ele pregava e fazia…
O Integralismo foi o primeiro movimento que no Brasil empreendeu uma campanha de alfabetização. Fundou milhares de escolas para adultos, que funcionavam com toda a regularidade e proveito. Passados muitos anos, surgiu uma campanha de alfabetização de adultos, mas ninguém pode negar o que todo o mundo viu, de 1932 a 1937: os pioneiros integralistas com a cartilha nas mãos, ensinando, educando, até aos mais remotos sertões.
O Integralismo foi o primeiro movimento que levou a sério o problema comunista, deflagrando uma batalha nacional contra a hidra de Moscou. Impedido o Integralismo de continuar essa batalha o comunismo desenvolveu-se à sombra da Ditadura e, de tal modo, que ressurgiu em 1945 com uma potencialidade multiplicada. E hoje, ai estão, sob a inequívoca influência do Integralismo, diversas campanhas anticomunistas sob diversos nomes.
O Integralismo cogitou sempre de formar uma elite dirigente. Na verdade, os valores mais expressivos da vida brasileira atual vieram do Integralismo, ou sentiram a sua influência. O grande tema lançado em 1932 ressurge nos dias atuais. O grande espírito de iniciativa, a lúcida inteligência e a impressionante capacidade de realização de Assis Chateaubriand arregimenta fundos e mobiliza competências para a fundação de escolas onde se forjem brasileiros capazes de, no futuro, gerir a coisa pública no Brasil. Por outro lado, a parte mais esclarecida da juventude das escolas funda a Confederação Nacional dos Centros Culturais, em que cooperam centenas de grêmios de estudos disseminados pela carta geográfica da Pátria.
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A influência do Integralismo na vida brasileira sente-se hoje de maneira tão forte, que em todos os partidos e nos setores mais diversos das atividades políticas, sociais e culturais do país, erguem-se vozes a expender conceitos que se enquadram de modo absoluto no ideário do Sigma.
Muitos evitam e nem faltam os que negam a palavra Integralismo, mas as ideias que defendem, as atitudes que assumem, são ortodoxamente integralistas. E quando um deputado integralista pronuncia um discurso na Câmara (muitas vezes ele foi eleito na chapa da UDN, do PTB, do PSP, do PSD ou outras) o pensamento por ele exposto provoca gerais aplausos de seus pares. “É isto mesmo! É o de que precisamos!”, dizem.
E isso significa que o Brasil quer Integralismo, talvez com outro nome, talvez sob outras formas de expressão, porém, no fundo, a mesma doutrina espiritualista, nacionalista, democrática, da ordem e hierarquia dos valores, da disciplina e da responsabilidade, dos nobres sentimentos de patriotismo, que um dia, no planalto de Piratininga, um punhado de moços ofereceu ao Brasil, desfraldando uma bandeira expressiva das energias latentes da Grande Pátria e da decisão de um povo disposto a construir a sua própria história.