Como responde o Integralismo às acusações da “Exposição do Tabuleiro da Baiana”? — Nada talvez mais perverso e mais ridículo que a chamada “exposição subterrânea” do “Tabuleiro da Baiana”, testemunho flagrante do ódio e da perfídia que inspiraram os adversários do Integralismo. Ali, sob atordoantes processos de propaganda, procuraram arrasar os valores cívicos e morais da Ação Integralista Brasileira. Mistificações e burlas numa espetacular “chantage”. Citemos algumas das fraudes mais grosseiras:
1º) Exibição de fotografias de campos de concentração da Europa, para armar efeito contra Integralistas;
2º) Adulteração de fotografias de sedes integralistas, onde “enxertavam” miseravelmente bandeiras e símbolos nazistas, que jamais existiram nessas sedes;
3º) Cartas em alemão e não traduzidas, mas que conhecedores desse idioma, puderam verificar serem de cunho comercial, quando visitaram aquela exposição;
4º) Armas de vários modelos e até de fabricação americana, dadas como apreendidas em sedes integralistas, até 1937, sendo muitas dessas armas de modelos de fabricação de 1940 e mesmo de 1941;
5º) Entre os boletins profusamente distribuídos, figurava uma carta em alemão dirigida, em 1937, ao Sr. Raimundo Martins (pérfida insinuação contra Raimundo Padilha) e assinada por um líder nazista de nome Thielle. — Pois bem, o signatário dessa carta, em 1937, já era morto desde 1934, como se comprova no livro Do fundo da noite, p. 319, sacrificado juntamente com Röhm e outros maiorais nazistas no famoso “expurgo” levado a efeito pessoalmente por Hitler.
Tais e tão revoltantes foram essas mistificações que, quando um jornal desta Capital atribuiu ao honrado Brigadeiro Eduardo Gomes palavras de aplausos a essa infame exposição, dois amigos de S. Exª, o major Paulo Joaquim Lopes e o capitão Carlos Faria Albuquerque, dirigiram-se em carta ao ilustre chefe militar declarando o primeiro que tinha certeza absoluta de que, conhecendo como conhecia Eduardo Gomes, este não teria feito as afirmações que lhe eram imputadas. Realmente, no mesmo dia em que havia recebido a carta do capitão Carlos Albuquerque, S. Exª o Sr. Brigadeiro Eduardo Gomes lhe telefonava declarando que não havia dado nenhuma entrevista nem feito qualquer referência a favor ou contra a referida exposição e que as referências ao seu nome não passavam de exploração feita à sua revelia.
Aí está, Srs. Vereadores, em que se resume a “famosa” exposição subterrânea, cujos processos de combate ao Integralismo foram profundamente desonestos, escusos e também subterrâneos.
Passarei agora, Sr. Presidente, a esclarecer, em poucas palavras, referências feitas ao exílio do eminente brasileiro Sr. Plínio Salgado.