Inicialmente apresentado como uma solução para a geração de emprego e renda, o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – vem decepcionando a muitos brasileiros. O projeto foi apresentado como sendo uma extraordinária locomotiva que arrastaria de uma vez o desenvolvimento nacional, contudo, trata-se apenas de mais um instrumento de populismo para que Lula possa disputar a um terceiro mandato, ou, pelo menos, eleger sua candidata “não oficial”, Dilma Rousseff, para a presidência da República.

O Programa de Aceleração do Crescimento, lançado em 28 de janeiro de 2007, é um programa do governo federal brasileiro que engloba um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os quatro anos seguintes, e que tem como objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil, prevendo investimentos totais da ordem de R$ 503 bilhões até 2010, sendo uma de suas prioridades a infra-estrutura, como portos e rodovias. O modelo do PAC é fundamentado no “Multiplicador Keynesiano”, teoria aplicada em uma economia em desemprego. Segundo esta teoria, a renda injetada na economia pelo governo através de obras públicas traria como resultado um retorno de recursos multiplicado.

Mas nem tudo, infelizmente, é como deveria ser. Durante vários meses o PAC foi visto como sendo o redentor de nossa economia, porém, através de uma pesquisa básica sobre o pacote de obras incluídas no PAC, podemos afirmar que este não passa de uma farsa que visa apenas aos interesses eleitoreiros de Lula e do Partido dos Trabalhadores (PT). Se fosse levado a sério o programa poderia deixar o Brasil escapar ileso da crise mundial que já toma o emprego de centenas de milhares de brasileiros.

Por uma tola leitura do rol de obras que o compõe é possível constatar que o PAC apresenta vícios de cálculos, os quais são claramente voltados para tapear o povo brasileiro. Nota-se pelo conjunto de obras que muitas delas foram contabilizadas duas vezes, como por exemplo, as obras de expansão do metrô de São Paulo. Esta obra específica já se encontrava no plano de obras do governo quando Lula o incluiu na lista de obras do PAC. É óbvio que não haverá maior geração de renda e emprego e é mais evidente ainda o fato de o PAC estar inflado com números colossais e mentirosos.

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O PAC é uma farsa criada por Lula e seu partido, visando às eleições de 2010, ano que coincide com o término da maioria das obras do PAC. Trata-se de um instrumento eficiente de sedução do eleitor para que este consolide o PT na presidência pelas próximas décadas. Lula almejava, através das supostas benesses do PAC, obter respaldo popular para um terceiro mandato: um plano ambicioso, ditatorial e corrupto, que esperamos ter caído por terra.

Porém, diante das críticas ao possível terceiro mandato que o Partido dos Trabalhadores queria levar ao congresso foi lançado um plano B, que pretende lançar a ministra Dilma Rousseff como sucessora de Lula – ainda utilizando os benefícios eleitoreiros do PAC, como a suposta inspeção de obras que inexplicavelmente são acompanhadas de um palanque para uma multidão e conta com ampla cobertura da imprensa, onde o presidente divide o palanque com sua nova artífice em um majestoso espetáculo pirotécnico.

Por Mário Jorge Sterque Mello
Mário é colaborador de Nova Offensiva, estudante de economia e militante político.

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