Dentre os múltiplos problemas que a Revolução Integralista incumbe resolver, sobrepuja certamente o da educação, cujo vastíssimo programa, abrangendo todos os setores, todas as modalidades do pensamento humano, visa entre nós especialmente e por motivos plausibilíssimos a esfera cultural e artística, o que equivale a dizer a esfera do sentimento, na sua expressão mais bela e pura.
Havendo como ninguém auscultado e sentido a fundo a alma coletiva da nossa nacionalidade, tendo reconhecido e compreendido as falhas e deficiências de nossa formação ética e estética, ao egrégio Chefe Nacional tem sido objeto de acurada atenção e estudo essa dolorosa realidade, considerando no impressionante desnível do panorama intelectual brasileiro, a necessidade premente e inadiável de supri-lo e elevá-lo a uma altura condigna não só aos foros culturais de nossos antepassados, senão também e principalmente aos gloriosos destinos da nova civilização brasileira que vamos construir e integrar definitiva e finalmente no perfeito ritmo das grandes civilizações.
Na história dos povos como na das artes e das religiões, nas grandes etapas que o homem percorreu, no planeta, nunca se logrou dissociar o fator arte dos movimentos verdadeiramente renovadores, tendo sido sempre ela a fonte sublime de todas as emoções, a grande inspiradora das atitudes culminantes da humanidade.

Rodolfo Josetti
Eis porque se avantajam dentre os magnos e múltiplos problemas que desafiam a ação ingente de nosso movimento, os que concernem à secretaria que me foi confiada [Secretaria Nacional de Cultura Artística da Ação Integralista Brasileira]. Obedecendo às supremas diretrizes, traçadas com punho de mestre, pusemos as mãos à obra, estruturando e desenvolvendo pacientemente o gigantesco plano cultural e artístico que rasgará novos e claros horizontes, não só às artes e aos artistas, em especial, mas também e mui principalmente à alma coletiva brasileira.
É sobre esta última, sobretudo, que incidem os nossos maiores esforços, as nossas mais legítimas aspirações, nela se situando os principais objetivos e finalidades da revolução, há um lustro desencadeada por Plínio Salgado.
Considerando na arte uma colaboradora imprescindível e inapreciável na formação de uma nacionalidade, o Integralismo lhe reserva o lugar que lhe compete, definindo e estabelecendo com sabedoria e elevação os seus limites e relações com o Estado.
O artista é o supremo intérprete da alma de um povo: desejamos nobilitá-lo e elevá-lo à posição que realmente lhe toca.
Assim, porfiará o integralismo no seu constante estímulo, no seu diligente incentivo, difundindo as suas obras, promovendo recitais e concertos populares, representações da arte lírica e dramática a preços ínfimos, ou em dadas circunstâncias mesmo grátis, organizando exposições e conferências, congêneres e irradiações.
Colima-se assim uma dupla finalidade: o da emulação do artista que via de regra vive no marasmo da penúria, e o da educação pela difusão cultural nas massas, atraindo e interessando o povo, que na sua generalidade vive alheio e indiferente, quando não inteiramente transviado das legítimas e puras manifestações de arte.
Por um sistema racional e eficiente de propaganda, fará chegar as melhores obras às coletividades, que aproveitarão no múltiplo sentido, o da superior diversão de espírito, o do entretenimento aprazível e útil e sobretudo, o da consequente elevação do seu nível cultural, resultando igualmente no aperfeiçoamento moral do indivíduo.
Estou com J. E. Rodó, quando, em seu admirável Ariel, afirma que aquele que distingue o delicado do vulgar, o feio do belo, logicamente faz a metade do caminho para discernir o bem do mal.
A cultura artística é portanto vital ao progresso de uma nação, pois que exprime e reflete o verdadeiro estalão, o melhor valor da índole de um povo.
Aos demais, este vasto programa sistematicamente desenvolvido e realizado, fazendo de nossa existência coletiva um anseio para melhor e para maior, depurando e apurando o gosto das massas, visa despertar as vocações latentes, mobilizar valores dispersos, selecionando-os convenientemente, proporcionando-lhes os devidos meios e ensejos para se revelarem, criando o clima propício enfim para a sua integral cultura e desenvolvimento.
Que pasmosa surpresa e magníficas revelações não nos estão reservadas com o despertar destas latentes forças, destes recalcados pendores!
Visando em suma uma unidade espiritual e sentimental em nossa Pátria, como o reconhecereis comigo, o Integralismo é um movimento primordial e essencialmente espiritualista, lutando tão somente com as armas da inteligência lúcida, iluminada por um idealismo construtor para renovar as bases da cultura, a aperfeiçoando os primores da alma e do coração, plasmando destarte uma nobre consciência nacional.
Para este desideratum porém uma revolução se impõe, revolução no mais alto sentido do vocábulo. Uma revolução que se faça pela ofensiva da inteligência, visando em tudo e por tudo a soberania espiritual que nos falece.
Uma cruzada de tal envergadura e tamanha amplitude, não só em extensão, como em profundidade, como a que estamos realizando, não colima em absoluto lutar na pobre arena dos partidos políticos.
Esta não nos interessa, revolvida e atormentada pelas competições mesquinhas dos personalismos ferozes chumbados à estreita moldura onde só cabe o pequeno mundo dos interesses particularistas.
Estes partidos não cogitam, não se percebem, não se preocupam com os altos problemas culturais.
É aliás um dos grandes problemas do demo-liberalismo. E a prova provada tendes na situação aflitiva e desoladora em que se encontram as questões da arte, agravadas, é forçoso e justo reconhecer, pela incursão insólita das forças dissolventes do comunismo, mal disfarçado no espírito insidioso e subversivo do falso modernismo, que vem sistematicamente deformando os padrões mais nobres e subvertendo os valores mais sagrados das artes em todos os seus setores.
Não exagero. Não é o integralista que agora vos fala, é o brasileiro, é o esteta, é o amigo obscuro, porém é sincero, o culto fervoroso, embora modesto, das artes e dos artistas.
Sou portanto insuspeito no que digo, com todas as abundâncias da minha sinceridade, animado tão somente por um formoso e grande ideal.
Não leveis pois à conta de qualquer antagonismo sectarista (mesmo porque é inteiramente apolítico o campo em que nos encontramos) a exposição sucinta que ora tento fazer, sem maiores comentários, sobre o estado atual e real das artes e dos artistas no Brasil, diligenciando apresentar-vos, com os planos do Estado Integral, os novos rumos e as grandes perspectivas que ele oferece.
E sem mais delongas acompanhe-me pelo mundo das Belas Artes, comigo fazendo uma rápida digressão panorâmica pelos seus diversos âmbitos.
Eis que para logo se nos depara, revelando-se com seus relevos e depressões, um panorama desolador e contristador.
Sem hesitação e sem receios, encaremos de frente os desditosos aspectos que se nos oferecem em seus deploráveis flagrantes.
A impressão que se tem é de uma planície exausta, de uma planície calcinada, de uma planície morta.
Nenhuma produção grandiosa, nenhuma obra-prima a destacar-se na vasta superfície rasteira que os ventos das estepes nivelaram e esterilizaram.
Nenhuma altissona, sinfonia ou sonata transportando para a pauta, traduzindo em sublimes cadências, as imortais vozes da natureza. Nenhum poema lírico ou épico. Nenhum magnífico painel ou mármore. Nenhuma catedral ou palácio de linhas arquitetônicas suntuosas.
E os artistas? O que é feito daquela plêiade invicta e ardente, sonhadora e generosa, exaltada e cheia de fé, que povoava os risonhos Campos Elísios?
Os verdadeiros criadores de beleza, os artífices do Belo e do Ideal desertaram, compelidos, levados de vencida pela invasão dos cabotinos e o transbordamento dos escamoteadores.
Fez-se a preamar da mediocridade estabelecendo-se o império das incapacidades.
Como resultado infalível, como fatal consequência, o nível cultural e artístico desceu urbi et orbi aos mais baixos níveis.
Os verdadeiros e legítimos valores não mais se animam a criar, e quando produzem não se atrevem a aparecer.
A situação é de apatia, de torpor, de inércia, dominada pela consciência de improfícuos labores, pela inanidade de energia e esforços.
Quantos músicos e compositores, quantos artistas do pincel e do buril, quantos poetas e escritores, possuem obras de real valor jazendo obscuras, esquecidas, encerradas nas gavetas, nas estantes ou nos ateliês, sem esperança de se poderem manifestar?
Como consequência indefectível sobreveio o desestímulo, a inanidade, a estagnação, oferecendo este desolador aspecto.
Falta-lhes o eco, a ressonância, o ambiente, o clima, para que possam produzir e revelar-se, saindo da penumbra, irrompendo do quase anonimato em que vivem isolados e desconhecidos.
Deste isolamento aliás os próprios artistas também são responsáveis, cumpre reconhecer, porquanto eles mesmos se têm retraído numa atmosfera de altivez, de suficiência.
Já não é mais admissível em absoluto esta atitude egocentrista expressa no falso postulado “l’Art pour l’Art” [a arte pela arte], em que soberbamente se encastelaram os artistas nestes últimos tempos, não só na França, donde partiu o grito feroz, como em quase todos os países, segregando-se da comunidade, divorciando-se do povo, o qual certos “irmãos das lutas” orgulhosamente classificam de plebe ignara.
O Estado moderno há de reconduzi-los, aproximando-os e identificando-os com a alma do povo, e reconhecerão finalmente os artistas que não é possível nem razoável insularem-se das coletividades.
O Integralismo quer promover o contato íntimo e restabelecer os vínculos entre os artistas e as massas, beneficiando assim precipuamente a uns e outros.
É nas fontes culturais nativas da nação, é na alma popular e artística que os nossos criadores de beleza vão encontrar os motivos melhores, ainda virgens e inéditos para as suas produções.
Valorizando estas reservas fúlgidas, despertando as vocações latentes, descobrindo os filões ignorados, sangrando os veios túrgidos, mobilizando, em suma, pela força centralizadora do Estado Integral, todos os valores dispersos, todos os tesouros abandonados, o Integralismo vai realizar não só o renascimento das artes em geral, senão também e mui principalmente vai criar uma arte nova, inédita, originária e substancialmente brasileira.
Para tanto sobejam-nos elementos dos mais preciosos em qualquer um dos setores da arte. Tanto na Música como na Poesia estamos bem longe de termos aproveitado convenientemente os elementos folclóricos tão ricos e variados que superabundam por estes vastos rincões da Pátria.
Em comparação com a riqueza, a opulência, a singularidade dos temas de que estão impregnadas as populações das diferentes regiões brasileiras, cada qual refletindo um espírito sui generis e original, cada qual interpretando tipicamente a alma de sua gente, os usos e costumes de sua “grei”, os céus e terras de sua região, se muito existe, pouco ou quase nada está aproveitado, no sentido superior da expressão artística.
Com raras exceções de alguns poucos compositores e poetas que se têm prevalecido com inteligência e habilidade dos temas regionais para os leitmotifs de uma ou outra produção, ainda não apareceu a obra máxima, definitiva, condigna à índole e ao patrimônio artístico, ambos ainda em estado de latência, do nosso povo.
Realmente ele está reclamando o seu grande cantor, seja nas pautas vibrantes de uma sinfonia magnífica, seja nas páginas de ouro de uma ode grandíloqua.
Temas não nos faltam a desafiar a imaginação e a inspiração dos nossos poetas e músicos, sejam os nossos símbolos e lendas, da mais delicada e perfumosa poesia, ou as maravilhosas paisagens que vão desdobrando todas as gamas e matizes, desde as aquarelas finas das jangadas ligeiras na fímbria das praias bordadas de coqueiros, até as massas gigantescas de nossas catadupas e rios-mares, rolando por entre os maciços dos planaltos e das montanhas, e o mistério das selvas e florestas ainda virgens.
Que tesouros inesgotáveis dentro desta natureza edênica, renovando-se constantemente num suceder de coloridos e esmaltes, dos róseos dealbares aos violáceos crepúsculos, oferecendo a mais rica e irisada tonalidade à paleta de um pintor!
Mas este pincel ainda não surgiu que realizasse uma grande tela condigna aos esplendores da natureza brasileira.
Afora alguns belos painéis que ornamentam a nossa pinacoteca e certos salões particulares, é efetivamente minguada, em relação às nossas possibilidades, a produção brasileira dos pintores brasileiros.
As nossas paisagens feiticeiras e incomparáveis estão efetivamente à espera de seus grandes paisagistas. É verdade que possuímos nos dois Costas, Navarro e Batista, bem como em Parreiras, Visconti, Amoedo, Georgina e Lucílio de Albuquerque, e outros, uma forte plêiade, que com admirável maestria soube fixar na tela os esplendores deslumbramentos de nossos céus, de par com as festivas policromias, excedendo na infinita gama destes tão nossos verdes. Constituem porém um pugilo reduzido, diminuto, em relação às nossas fabulosas reservas e possibilidades.
É bem verdade que possuímos em Pedro Américo, Vitor Meireles, Aurélio de Figueiredo, os magníficos intérpretes de cenas, episódios e alegorias que concernem à história e às tradições da fundação da nacionalidade.
Contudo, tanto na nossa esplendorosa epopeia, quanto nos originários motivos ameríndios, jazem grandiosos temas inéditos que clamam pela sua revelação e pedem ser fixados em magníficos e imortais retábulos.
Em escultura, afora as produções inapreciáveis, únicas no gênero, que nos legou o gênio do Aleijadinho, afora alguns trabalhos notáveis de Bernadelli, Correia Lima e outros, é bem mais precário o nosso patrimônio, em contraste flagrante com a opulência dos motivos plásticos que a nossa natureza, a nossa antropologia, os nossos tipos étnicos propiciam. Nas artes plásticas realmente possuímos um repertório precioso, que ainda está por ser explorado e desenvolvido convenientemente.
A arte marajoara, tão visceralmente brasileira, fornece, na sua primitividade virginal e pitoresca, um manancial copiosíssimo de motivos e de ornamentos, bastantes, para enriquecer a escultura, a gravura, e mormente a arquitetura, abrangendo todas as artes construtivas e aplicadas e podendo imprimir-lhes um cunho decorativo e ornamental, típico, original, e absolutamente nosso.

Exemplares de artesanato marajoara
Em verdade, nós não precisamos, nós não carecemos de nos prevalecer, em matéria decorativa, de motivos e adornos alienígenas.
Estes ornatos marajoaras, que constituem realmente a origem e os substractum dos motivos brasileiros, perfeitamente estilizados e aproveitados, que fariam a fortuna de muitos e grandes artistas de outras nacionalidades, não têm sido entretanto devidamente utilizados e valorizados por nós, preferindo os nossos construtores, quando não se utilizam de um bastardo estilo colonial, tomar de empréstimo para as suas construções os modelos arquitetônicos sem pátria, sem beleza, sem nenhum caráter, dando em resultado estes monstros de cimento armado que estão atentando contras as características naturais de nosso solo e de nosso clima, por se não adaptarem à ambiência tropical, e clamorosamente deformarem a incomparável moldura de nossa maravilhosa paisagem.
Os nossos atentados de lesa-estética, os nossos crimes de lesa-pátria, não se detêm infelizmente nestas construções megalíticas que bradam aos céus, arquétipo do comunismo na arquitetura, monoblocos aglutinados, símbolos do materialismo utilitário, torres de Babel em que vivem e labutam, em espaços mínimos, massas compactos e conglomeradas, em que se condensam e confundem nacionalidades, raças e religiões.
Tais atentados e crimes do esquerdismo arquitetônico, vêm subvertendo igualmente os valores e problemas urbanísticos, legítima e substancialmente brasileiros.
Nada haveria de escapar infortunadamente à insana voragem sovietizante.
Com efeito, não contentes de dotar a nossa cidade de leviatãs arquitetônicos, atentam ainda contra as nossas inconstratáveis belezas naturais, investindo impiamente até contra as características topográficas, no que possuímos de mais precioso e intangível — a Baía de Guanabara — desde sempre abrindo-se nas perenes graças e magias de seus deslumbrantes cenários, constituindo um ciclorama único no mundo, que arrancou de Italo Balbo esta exclamação: “Force il Dio creando la bahia do Rio, a voluto dimostrare che l’arte discendi da lui” [Deus, ao criar a baía do Rio, quis demonstrar que a arte desce d’Ele].
Pois bem, isto que o artista máximo concebeu, isto com que o grande arquiteto do mundo, o criador de céus e terras magnanimamente nos brindou, este políptico admirável, emoldurado dum lado pelo perfil religioso da Serra dos Órgãos e da Tijuca, e doutro continuando em curvas caprichosas de enseadas, praias, recôncavos e pequenas baías, nas quais repontam, ora em ondulações suaves e graciosas, colinas e outeiros, ora em massas imponentes, o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Gávea, monumentos que poderiam simbolizar a Acrópole brasileira, pois bem, esta obra-prima da criação está sendo destruída por mãos iconoclastas e bárbaras.
Sob justificativa capciosa de retificar traçados, os urbanistas atuais entenderam de corrigir e modificar a mais bela baía do mundo, aterrando aqui e acolá sacrilegamente, suprimindo do perfil da Guanabara traços inconfundíveis, como as enseadas da Lapa e da Glória, hoje ligadas e fundidas à lendária Villegaignon.

A entrada da Baía da Guanabara, vista de Niterói, em 1890
Nem sequer a histórica Ilha Fiscal, pequenina joia arquitetônica rendilhada de esbeltas palmeiras, sonhadoramente emergindo das glaucas águas da baía, como se fora um palácio de fadas, nem sequer a Ilha Fiscal escapou à sanha das retificações e ao holocausto do utilitarismo, pois entenderam que não devia mais ser isolada aquela pitoresca ilhota, aterrando e incorporando-a sumariamente à Ilha das Cobras.
Aterrar é, pois a palavra de ordem. Aterrar!… Jamais por certo este verbo terá assumido uma força de expressão tão ampla, tão aterradora em seu duplo sentido: aterrar, ação e movimento de terra; aterrar, causar e produzir terror.
Realmente, quando os nossos urbanistas projetam ou promovem um aterro, aterrorizam para logo os brasileiros, verdadeiros estetas, amantes da terra carioca. E não só.
À enseada da Glória, junta os seus brados e clamores a Lagoa Rodrigo de Freitas. Esta também está sendo vítima das retificações, havendo sido já mutilada nos seus mais aprazíveis recôncavos.
É inconcebível. Num país em que sobejam as terras, no país mais rico em latifúndios, com um hinterland despovoado, procura-se ganhar terra ao mar!
Que a Holanda aterre o Zuyderzée, que a Alemanha aterre os lagos Masurianos, ambos ganhando território, compreende-se. Que se diria porém se na Itália ou na Suíça pretendessem aterrar os contemplativos e poéticos lagos de Como ou de Lucerna, polos de atração dos turistas, sítios diletos dos peregrinos de bom gosto?
Em verdade somos bem o país do paradoxo. Enquanto os povos cultos conservam, desenvolvem e mesmo criam as suas belezas paisagísticas, chegando a construir lagos, outeiros e bosques artificiais, nós abandonamos, senão destruímos diligente e apressadamente o que a Mãe Natureza nos dotou.
* * *
Do anfiteatro livre da Natureza, com seus mutilados cenários, como acabamos de ver, transportemo-nos para o palco da arte dramática, cujas gambiarras, bruxoleantes, refletem no lusco-fusco de suas mofinas manifestações, um cenário não menos deplorável e contristador.
Arrastando já de há muito uma existência atribulada e precária, o nosso teatro participou aliás da grave crise, que por toda a parte sofreu com o advento prodigioso da cinematografia e que entre nós se potencializou, agravada por fatores vários, dentre os quais avulta sem dúvida a desmoralização, pela qual os maiores interessados, a própria gente do teatro, atores e autores, podem e devem ser responsabilizados.
Efetivamente, nestes últimos decênios, quase nada se tem produzido, bem parcas e mirradas sendo as oferendas no altar de Thalia.
O que se vê, o que se produz, são frutos mal sazonados, quando não espúrios ou de enxerto, preferindo os autores rastrear os motivos entre as ervas daninhas, ao invés de cultivar a florada genuinamente brasileira, tão saborosa e rica de seiva.
É realmente deplorável que da caudal artística de nossa nacionalidade, com a multiplicidade e opulência de seus motivos históricos e épicos, de suas lendas e alegorias, de seus usos e costumes, tão interessantes e típicos, variando de província em província, imprimindo-lhe aquele cunho inconfundível de regionalismo tão grato aos teatrólogos de outros países, é realmente deplorável, repito, que tão pouco haja sido aproveitado pelos nossos escritores teatrais.
Afora algumas peças genuinamente brasileiras, inspiradas nos magnos episódios de nossa história ou nas nobres tradições da nossa família, o que se vê geralmente é um arremedo indigno, produto daquela nefasta decalcomania que tem subvertido os valores melhores nos demais setores da arte.
O que se vê, o que se efetivamente dá, para utilizar-me de um termo tão do gosto na gíria teatral, é a comédia baixa e imoral, descambando para a farsa indecorosa, pejada de chalaças e expressões chulas e ambíguas, escritas em jargão canalha.
* * *
Muita tinta há para estudar as causas da decadência do teatro.
Não temos artistas, clamam os atores, porque não temos quem escreva.
Não há quem escreva, protestam os que poderiam escrever, porque não há quem represente.
E neste círculo vicioso vem se debatendo e consumindo em discussões estéreis, há muitos decênios, a gente do teatro.
* * *
O nosso teatro realmente tem sido uma hipótese.
Ele em verdade só existiu, como expressão real, nos áureos tempos de João Caetano.

João Caetano
Foi verdadeiramente uma época única na história da arte dramática, e, nem por ser única, deixou de ser da maior culminância e esplendor, representando-se um repertório magnífico, que abrangia toda a gama, desde o clássico até os contemporâneos daquela época.
Foram noites memoráveis, nas quais um público fino e culto que constituía a sociedade intelectual e aristocrática do II Império, acorria ao teatro esgotando as lotações e vitoriando o seu glorioso ator.
Não duraria porém muito este esplendor, tendo tido desgraçadamente uma efêmera, embora intensa hora de vida, violenta e abruptamente interceptada.
Maus fados prepararam uma catástrofe, que havia de fulminar e destruir o nosso Teatro, perdurando os efeitos até os dias de hoje.
É que um pavoroso incêndio, como se fora sinistra apoteose ao velho e genial ator, destruiu precisamente numa hora de triunfal representação, a sua casa de espetáculos.
Conta-se que naquela noite trágica, possuído de intenso desespero, o ator insigne desatou em convulsivo pranto diante da fogueira devastadora.
Naquele momento porém, alguém que se achava dentre os presentes, espectador que era dos dois espetáculos, ambos intensamente dramáticos, o interrompido e o irrompido, bate-lhe familiarmente no ombro: — “Não chores, João, eu farei construir para ti um teatro melhor do que este”.
João Caetano voltou-se. Era o Marquês do Paraná, Hermeto Carneiro Leão, presidente do Conselho de Ministros.
* * *
Não teve tempo porém este príncipe de cumprir a sua promessa. O Ministro caiu, pouco tempo depois.
O teatro estava decididamente sob o mau signo. Nunca mais se ergueu.
Até hoje se espera a sua reconstrução.
Com a monarquia, desapareceram da nossa fauna política os marqueses ilustres que manejavam Câmaras e Ministérios e que amparavam artes e artistas, não mais se tratando de reedificar, como outrora se edificavam suntuosos templos de arte.
O sentido artístico foi hoje substituído pelo espírito utilitário.
No seu lugar se ergueu a Caixa Econômica.
O Teatro Nacional, porém, ainda jaz naquelas frias cinzas do passado.
O espírito de João Caetano não morreu. Os seus manes ainda aguardam o advento do seu teatro. Nem desapareceu tão pouco o espírito dos marqueses, dos estetas, dos príncipes da inteligência, que compreendem as realidades e sentem as necessidades dos problemas culturais e artísticos brasileiros.
Este espírito mecênico, encarnado no Integralismo, há de solver um dia o compromisso do venerável Marquês, resgatando a antiga e sagrada dívida. [1]
De tudo e por tudo que ouvistes, summa summarum, neste ligeiro ensaio crítico, nesta rápida visão panorâmica, do estado atual das artes brasileiras, na qual tentei em rápidas, mas fortes pinceladas, em arrebatado, embora canhestro esforço, vos dar uma ideia aproximada da sua verdadeira e real situação, de tudo se depreende bem, quão necessário e urgente se faz uma reação radical por um movimento renovador e haveis de comigo concordar que só um Estado forte, um Estado moderno, um Estado Integral, poderá trazer solução ao cruciante e magno problema.
Ao Estado, efetivamente, incumbe avocar e disciplinar todas as forças vivas da pátria.
Tanto numa como noutra avultam os artistas como predestinados fatores culturais, como nobres formadores de nacionalidade.
Sem lhes afetar a autonomia, sem lhes pear os impulsos criadores, todavia o Estado tem o direito de submetê-los a uma ordem superior que os supremos interesses da Pátria exigem.
Os artistas, como os sábios, não se pertencem. Tocados uns e outros pela divina centelha do gênio, uns e outros haurindo a seiva da sua força criadora no seio maternal da terra que os viu nascer, é para ela, para sua pátria que inalienavelmente devem pois volver, em última instância, as suas mais nobres inspirações, as suas mais belas artes.
Erguendo catedrais; decorando painéis, afrescos ou retábulos; povoando de estátuas, jardins, parques e museus; escrevendo obras literárias, poéticas ou teatrais; irradiando em sublimes harmonias pelas salas de concertos, pelos auditórios ou pelo firmamento pátrio, está o artista necessariamente contribuindo para e educação e a grandeza de seu povo.
A sua obra não lhe pertence, portanto. Ela significa, representa e possui uma força incoercível de projeção bem mais viva e transcendente do que a frágil e efêmera vida do seu criador, havendo ela de incorporar-se e constituir-se cedo ou tarde num patrimônio dos mais legítimos e sagrados da Pátria.
Ao contemplarmos o Partenon, o Apolo de Belvedere, a Vênus de Milo, a Vitória de Samotrácia, ao lermos a Odisseia ou a Ilíada, implícita e necessariamente, com os nomes aureolados de Fídias, de Homero e outros, nos ocorre para logo o do pequenino e glorioso país que lhes serviu de berço.

O Partenon de Atenas
Assim acontece com todos os demais imperecíveis monumentos que os artistas de outras plagas legaram à sua pátria, fazendo-as grandes, e, mais do que com as suas obras, criando formas e estilos que caracterizam uma época, que ilustram uma raça, que exprimem uma civilização, como acontece quando nos referimos à arte romana, à assíria, à flamenga, à espanhola e outras mais.
“Les nations sans arts ne sont pas restées dans la memoire des peuples” [As nações sem artes não permanecem na memória dos povos].
Não hesito em repetir aqui neste recinto, sob esta cúpula simbólica, esta sentença, pelo propósito e justeza de seu conceito.
Criemos também a nossa arte estimulando e amparando os nossos artistas.
Precisamos e queremos o nosso lugar na história das civilizações.
Precisamos e queremos sair da planície exausta, do marasmo desolador em que nos encontramos e em que marejamos.
O Sigma criará o clima propício.
É preciso que os artistas saibam que os camisas-verdes vivem num labor indefeso, silenciosamente elaborando planos e estudos, organicamente estruturando os grandes lineamentos e diretrizes de uma pátria nova.
Dir-me-á, quiçá, alguém, dentre vós, que somos fantasistas, sonhadores, visionários… Respondo-lhe que não há grandes feitos na história sem uma parcela maior ou menor de ideal… e ao demais, sonhar a vida, não é porventura, a melhor maneira de vivê-la e realizá-la?
Reporto-me naturalmente, àqueles espíritos tacanhos e impenitentes, que consoante o seu limitado diapasão, condenam tudo que ultrapassa à escala de seu entendimento. Dirijo-me também àqueles obstinados que fecham os olhos para não enxergar e bloqueiam o espírito para não compreender.
A esses descrentes, céticos e obstinados, direi simplesmente que não podem se incutir grandes esperanças em uma alma pequena.
A eles ainda eu repito este período lapidar de Plínio salgado, proferido no Instituto Nacional de Música por ocasião do 3º aniversário do nosso 1º Congresso Integralista realizado em Vitória: “Vivemos uma época maravilhosa da história do mundo, em que as massas pedem algo de novo, anseiam por altos idealismos e palpitam inquietas, reclamando a projeção magnética dos heróis! — Estamos fatigados de mediocridades monótonas: queremos alguém que saiba seduzir e arrastar as multidões, convidando-as para as perigosas conquistas de grandes sonhos nacionais e humanos!”
Artistas do Brasil! Erguei-vos e vinde cerrar fileiras ao nosso lado.
No Integralismo está o melhor penhor da vossa salvação, a única possibilidade de renascimento da arte brasileira!
Fá-la-emos ressurgir, criando a forma, lançando as bases de uma gloriosa arte nacional. Com um estilo genuíno e tipicamente nosso, havemos de nos integrar definitiva e finalmente no concerto das demais civilizações.
Para lançar os verdadeiros fundamentos da arte brasileira renovada e redimida, estamos procedendo em todo o país, graças à perfeita organização de nosso movimento, com a penetração e a articulação de cerca de 2 mil núcleos difundidos por todo o país, a um verdadeiro inquérito ou levantamento, que visa inventariar em cada um dos setores da arte, respectivamente os elementos essenciais e comemorativas deste grandioso desiderato.
É no cerne da nação, é nas fontes vivas e originais da alma popular, seja nas antigas e veneráveis cidades coloniais, seja nas longínquas tabas indígenas, seja nas dispersas vilas e humildes povoados, que vamos colher a seiva nativa e buscar os preciosos remanescentes, ciosamente coligindo tudo que interessar possa para a formação deste magnífico repertório cultural e artístico nacional.
São motivos folclóricos tão variados das diversas regiões do extremo norte, do nordeste, do centro e do sul, seja para a Poesia, para a Música, seja para o Teatro.
São os atavios e ornatos marajoaras, aimorés, guaranis, de nossos aborígenes são os recamos e lavores do colonial, do barroco, do manuelino e de nossos antepassados fornecendo à pintura, à escultura, à arquitetura, às demais artes decorativas e aplicadas, o ótimo florilégio de seus motivos.
Que abundantes e portentosos mananciais não estaremos drenando para o estuário comum no qual hão de se abeberar os nossos músicos e escritores, os nossos artistas do pincel e do buril!
E justaponham ao estuário imenso e insondável, os arrebóis e esplendores das cenas e quadros que a natureza compõe e incessantemente prodigaliza.
Que perspectivas prodigiosas e inéditas não se abrem, que possibilidades esplêndidas e incalculáveis não se oferecem aos nossos artistas!
Efetivamente esta natureza criou para os seus filhos diletos, para os seus intérpretes predestinados, prerrogativas e privilégios únicos, que, se redundam em seu exclusivo benefício, impõem-lhes indeclináveis deveres e responsabilidades.
Para o integral cumprimento, para a fiel observância de tão nobres deveres e transcendentes responsabilidades, o artista carece de um conjunto de recursos e possibilidades que só o Estado moderno, com sua perfeita estrutura corporativa, pode proporcionar.
E não se diga ou suponha que o sistema corporativo com a sua disciplina rígida possa de algum modo afetar a liberdade do artista.
Não, de nenhum modo o Estado Integral cercearia o voo livre da imaginação, os ímpetos ascensionais da força criadora.
O sistema corporativo, entre as demais incontestáveis vantagens que precipuamente representa, tanto para o Estado, como para o artista, oferece a garantia de disciplina, a qual, nos tempos que correm, desertou totalmente dos espíritos, dando em resultado este desolador supermodernismo que subverteu e abastardou os valores mais puros, os mais intangíveis padrões em todos os setores da arte.
Dentro das normas da disciplina ética que o Estado Integralista impõe, não será mais possível aos artistas perpetrarem, com liberdade absoluta que ultrapassa as raias de licenciosidade, estes inumeráveis crimes de lesa-estética de que estão prenhes os anais de arte nestas últimas décadas.
Não porque o Estado corporativo decrete fórmulas de arte, o que feriria fundo a liberdade criadora do artista. Mas porque propiciará a condensação de um ambiente depurado, no qual tais manifestações espúrias, dos modernos heresiarcas da beleza, se tornarão impossíveis.
Destas manifestações desagregadores e indisciplinares, destes frutos arbitrários e dissolventes, que não são senão a expressão da arritmia social, da confusão e do caos de uma época e de uma civilização que desfalece, ressalta o imperativo da ordem da disciplina que só um Estado forte logrará impor.
Ocorre aqui muito a propósito do judicioso conceito de D’Alembert:
“Il y a es libertés oppressives et il y a des contraintes liberatrices!” [Há liberdades opressivas e há restrições libertadoras!]
E persisto em interpelar-vos se se impõe ou não uma coação disciplinadora, uma submissão frenadora e racional, as quais, em que pese o paradoxo, serão um constrangimento libertador no melhor sentido da enunciado.
Na feição épica desta fase decisiva da Humanidade, em seus mais aflitivos e desordenados transes, se impõe realmente a todos os espíritos, mormente no âmbito da estesia, o comedimento e a serenidade que do mesmo inspira e orienta, refreia e compensa, pela força do senso das proporções, pela eurritmia da disciplina.
Disciplina é o leitmotif em meio desta anarquia, desta confusão, deste pandemônio.
Disciplina é a palavra de ordem para dar início a esta fase de reconstrução e de renascimento.
E mormente no setor das artes ela se faz mais do que nunca necessária.
Não é mais admissível que o artista totalmente emancipado e insubmisso aos postulados e cânones mais sagrados, deles faça tábua rasa, agindo rebelde e desvairadamente, dando livre curso a uma fantasia desequilibrada, poluída pelo grande mal da época que desgraçadamente se alastrou da Rússia soviética por todo o orbe, como verdadeira pandemia.
Além dos povos, das religiões, da sociedade, também as artes estão sofrendo os nefastos efeitos desta chamada ideologia vermelha, concebida, organizada e posta em prática por um tenebroso complô internacionalista que jurou guerra de morte a todas as expressões do Bem e do Belo, tendo-se constituído os seus prosélitos em verdadeiros empresários de catástrofes e perfeitos arquitetos de ruínas.
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Eis, pois artistas patrícios! atentai para os perigos que nos ameaçam, preservemos o país as ruínas que assolam, abroquelando, contra a voragem devastadora, os foros culturais e artísticos dos quais sois vós os mais legítimos defensores.
O Brasil precisa de vós!
O Integralismo vos chama!
Sob o Sigma radioso e simbólico, estamos mobilizando todos os valores espirituais, reunindo e atraindo para as suas fileiras todas as reservas éticas.
É tempo, é urgente que vos compenetreis desta evidência que só o Estado integral poderá deferir à arte e aos artistas o lugar que lhes compete no concerto de uma Nação culta.
É pois imprescindível que vos inscrevais nas fileiras do Integralismo, que de braços abertos vos receberá, cônscio e desvanecido de ser neste instante de confusões torvas e de agitações estéreis, não só a única esperança, mas sobretudo a melhor garantia do renascimento da Arte brasileira, devendo-se constituir em breve, com a seleção dos valores nacionais, no primado do espírito e do sentimento, na suprema corte de fidalguias éticas e estéticas da nacionalidade, na radiosa associação das nobiliarquias intelectuais da Pátria, às quais está reservado o glorioso destino de traçar os novos rumos na criação de sua definitiva grandeza.
Para a construção desta nova Pátria, tanto nós precisamos dos artistas brasileiros como eles de nós.
Conclamando e congraçando todos os artistas brasileiros, vamos congregá-los adotando em seu benefício o sistema do Estado corporativo, único compatível com as supremas necessidades dos Estados modernos.
É, sem dúvida, a reedição das admiráveis organizações corporativas da Idade Média, as quais sobretudo nos diversos setores das artes produziram os mais belos resultados. Haja vista, para não citar senão um exemplo, frisante, entre os mais que o sejam, em apoio da necessidade do espírito corporativo entre os artistas, aquele admirável misticismo gregário medieval, excelendo na floração monumental das catedrais góticas.
Realmente, nestes imperecíveis monumentos de pedra, todas as artes concorreram, todos os artistas, todos os artífices contribuíram, acorrendo em fileiras cerradas e dentro de suas respectivas corporações, disciplinadamente unas e coesas, para a magnitude da obra arquitetônica.
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Do esplendor e suntuosidade de tais imperecíveis monumentos, transcende o espírito de unidade de pensamento e da comunhão de sentimento que presidiu a sua ereção.
Esta mesma unidade espiritual, que caracteriza os fastos culminantes da história das artes: o classicismo grego, no século de Péricles; o renascimento italiano, no de Júlio de Médici; a magnificência francesa, no de Luís XIV; é a que, acrisolada, predomina no Estado Integral.
Com efeito, aquelas portentosas etapas civilizadoras são as sublimes florações das mais fecundas ditaduras do espírito.
Para tão gloriosamente realizá-las, na forma perfeita e acabada que todos admiramos, tão só, os pulsos de ferro, com os punhos de renda, destes augustos príncipes ecumênicos, que tocados da mens divinior, sob os influxos e as graças de Deus, criaram a mesma mística que ora ilumina os espíritos com as claridades solares da nova doutrina integralista!
Rodolfo Josetti
Fundador n° 39 da Academia Brasileira de Música e fundador da Sociedade de Cultura Artística do Rio de Janeiro. Serviu como Secretário Nacional de Cultura Artística da Ação Integralista Brasileira, sendo membro do seu Supremo Conselho. Trecho de conferência realizada em 1937, publicada no vol. II da Enciclopédia do Integralismo como “Sentido cultural e artístico do Integralismo”.
Nota do Site
[1] Veja-se, sobre a criação do Teatro no Brasil, o artigo O Integralismo e o Teatro Nacional, de Plínio Salgado.