I — Crê, ardentemente, em Deus; ama, sinceramente, a tua Pátria; e serve conscientemente, a tua Família.
II — Lembra-te sempre de que a blusa verde que vestiste por tua própria vontade, não pode manchar-se por descuido teu, visto que sobre ela ficarão, como nódoas humilhantes, as más ações que praticares.
III — Faze do teu lar o feliz domínio onde o teu amor implante a Paz, a ordem, a verdade e a alegria mais pura; onde a tua vontade guie, amorosamente, os que precisam do teu amparo moral; onde o teu bom bom senso mereça o respeito de teu esposo e a tua bondade escravize até os teus servidores.

Irene de Freitas Henriques, Secretária Nacional de Arregimentação Feminina da Ação Integralista Brasileira
IV — Dá sempre o exemplo de obediência consciente a preceitos e leis estabelecidas, para que saibas mandar quando for necessário.
V — Foge de todas as futilidades da fictícia vida social-materialista e decadente, porque a blusa verde que vestes exige de ti a renúncia inteligente de vaidades inúteis e amesquinhantes.
VI — Na paz ou nas horas de luta, sê sempre, e acima de tudo, MULHER, e, como tal, útil, necessária, respeitosa, caritativa, inteligente, simples, honesta e abnegada.
VII — Quando tiveres de exercer os teus deveres e direitos políticos, faze-o sempre com dignidade absoluta, honrando a tua qualidade de filha consciente de uma Pátria que exige todo o teu amor o espírito de sacrifício, para engrandecer-se cada vez mais.
VIII — A palavra da mulher integralista deve iluminar como um facho; guiar como um farol; aquecer como uma chama ardente; florir como a primavera, e fazer frutificar as ideias em atos, para enriquecer a força simbólica do Sigma.
IX — Lembre-te, a todo o instante, de que o Chefe depôs nas tuas mãos o futuro do Brasil Integral; pesa bem as tuas responsabilidades de blusa-verde, e faze da tua vontade a alavanca capaz de remover todos os obstáculos que se oponham ao cumprimento de tua gloriosa tarefa de integralista.
X — Sê justa em teus julgamentos, pois só assim serás julgada com justiça.
XI — Faze da tua consciência um espelho límpido, diante do qual nunca tenhas de corar de vergonha de ti mesma.
XII — Honra e dignifica a tua blusa verde nas horas de combates morais pela vitória do Integralismo, com o mesmo ardor e o mesmo entusiasmo com que os soldados honram e dignificam a farda nos rudes combates em defesa da Pátria.
XIII — Integral como o Sigma que a mão do Chefe traçou sobre o mapa do Brasil, tem de ser a tua dignidade de mulher; a tua Fé cristã; a tua consciência do dever cumprido e do teu amor à humanidade.
XIV — Não abandones o teu lar sob pretexto algum, pois a ele lhe prendem o respeito por ti mesma, o amor de teu marido e o berço do teu filho, e melhor servirás à Pátria nesse teu posto de honra, do que no exercício do mais alto cargo que te oferecerem. Todo o tempo, entretanto, que te sobrar de teus cuidados com a família, divide-o em servir a Deus e ao Brasil.
XV — Não fumes, não bebas álcool, não jogues nem te desnudes nas praias, lembrando-te de que uma integralista tem de estar muito acima dessas tristes ilusões de elegância.

Carmela Patti Salgado e seus sobrinhos
XVI — O Sigma, como a Cruz, deve estar sempre diante de teus olhos e dentro do teu cérebro, porque são os sinais luminosos que te guiarão no caminho da tua grande missão terrena.
XVII — Sê pura, por amor à pureza; estudiosa por necessidade de saber para ensinar; verdadeira, em obediência à verdade; crente, por sede de perfeição moral; esforçada, pelo desejo de produzir; ordeira, pelo respeito à ordem; disciplinada, por dever de exemplo; nacionalista, por querer o bem maior da Pátria; caridosa, pela graça de Deus; trabalhadora, pelo sentido do progresso comum, e sinceramente Integralista, para a glória do Chefe e para o bem do Brasil.
Iveta Ribeiro
Uma das principais líderes da primeira onda feminista brasileira. Texto aprovado por Plínio Salgado e publicado em A Offensiva de 5 de janeiro de 1937.