Encheu-nos de consternação e de revolta a notícia do assassinato de uma criança no ventre materno na noite de ontem, no Centro de Saúde Integrado Amaury de Medeiros, no Recife, em Pernambuco, num terrível crime que viola não apenas a Lei Divina e a Lei Natural, mas também a própria Lei Humana e que clama aos Céus por Justiça.

Isto posto, cumpre ressaltar que, diversamente do que supõem muitos,  o aborto no Brasil, conforme o Código Penal Pátrio, é crime mesmo nos casos em que a gravidez for decorrente de estupro ou de risco à vida da gestante, sendo em tais casos apenas não punível, consoante o disposto no artigo 128 do mesmo Código Penal. Daí ser, em nosso sentir, totalmente ilegal a realização de procedimentos de aborto em hospitais da rede pública de Saúde, prática iniciada em 1998, no governo de Fernando de Henrique Cardoso, com uma norma técnica de autoria do então Ministro da Saúde, José Serra.

O caso do assassinato

Ontem, sob os gritos de “assassino”, um médico assassinou, com uma injeção de cloreto de potássio no coração, uma criança de 23 semanas e, portanto, completamente formada, no ventre de sua mãe, uma criança de dez anos, covardemente violentada sexualmente por seu tio estuprador por pelo menos quatro anos. Tal assassinato não só não reparou os danos e traumas causados à criança que abortou ao longo de anos de abusos sexuais, como certamente provocou danos físicos e mentais muito mais terríveis, além de ter trazido mais riscos à vida de tal criança que aqueles que seriam ocasionados pela manutenção da gravidez e por um parto.

Rafaella, nascida de maneira prematura com 25 semanas (duas a mais do que a criança abortada) e 340 gramas no Maranhão, em 2017

A lamentável comemoração do extermínio dessa vida inocente por diversas pessoas e movimentos contrários à vida, à família e às tradições cristãs do nosso Brasil se deu não por preocupação com a mãe do criança assassinada, mas sim porque ela abriu um precedente de autorização de assassinato de um nascituro plenamente formado em nosso País. 

Parabenizamos a todos os profissionais da Saúde que se recusaram a participar do bárbaro crime perpetrado ontem e lamentamos o fato de tal crime haver sido comemorado em todo o País por militantes “esquerdistas” em geral e abortistas e feministas em particular e ressaltamos que, diferentemente do que afirmam esses inimigos de Deus, da Pátria e da Família, desejamos a punição do estuprador da menina que fez o aborto e de todos os estupradores, sendo, aliás, favoráveis a penas mais duras para tais criminosos, do mesmo modo que somos favoráveis à punição do aborto em todos os casos.

Defendemos a Vida

Entendendo que a vida deve ser preservada desde o momento da concepção e que o aborto e o infanticídio são crimes absolutamente abomináveis, a Frente Integralista Brasileira (FIB) sempre ergueu bem alto a bandeira da intransigente defesa da vida, opondo-se com todas as suas forças ao aborto e à chamada cultura da morte. Com efeito, jamais temos deixado de reiterar essa nossa firme defesa da vida desde a concepção e a consequente oposição a qualquer atentado contra esse direito natural e fundamental da pessoa humana e em particular.

Suportando heroicamente todas as calúnias e perseguições, continuaremos lutando em defesa da vida e do nascituro, conscientes de que do triunfo da nossa luta dependem a vida de milhões de inocentes e o futuro da Pátria e de que, moralmente, a vitória já nos pertence.

Por Cristo e pela Nação!