Alguns dizem que o Integralismo queria fazer um “Holocausto brasileiro”. Para uns, o Integralismo era intolerante e hostil aos judeus, como o Nazismo. Isto é falso.

  • “O judeu capitalista é igual a um cristão capitalista: sinais de uma época de democracia liberal. Ambos, não terão mais razão de ser porque a humanidade se libertará da escravidão dos juros e do latrocínio do jogo das Bolsas e das manobras banqueiristas. A animosidade contra os judeus é, além do mais, anticristã e, como tal, até condenada pelo próprio catolicismo. A guerra que se fez a essa raça, na Alemanha, foi, nos seus exageros, inspirada pelo paganismo e pelo preconceito de raça. O problema do mundo é ético e não étnico”. Plínio Salgado, 24 de abril de 1934, apud Trechos de uma Carta, Revista Panorama, abril de 1936.
  • “No Integralismo, o judeu se apaziguará com os outros povos. Raiará uma época de verdadeira fraternidade. O longo fadário, a angústia do israelita cessarão. […] Não podemos odiar uma raça da qual saiu Jesus Cristo”. Plínio Salgado, 24 de abril de 1934, apud Trechos de uma Carta, Revista Panorama, abril de 1936.
  • “Temos dito muitas vezes que não alimentamos preconceitos de raça. Muitas vezes temos afirmado que a nossa atitude contra o supercapitalismo internacional que, na sua maior parte, está em mãos israelitas, não visa a raça ou a religião judaica. […] Colocamos [os judeus] em pé de igualdade com outros povos e até com brasileiros. Entretanto, não compreendemos por que motivo os judeus estão se implicando com os integralistas”. Editorial de A Offensiva (jornal oficial da Ação Integralista Brasileira), 19 de julho de 1934.
  • “[O] novo nacionalismo brasileiro [é] alheio ao problema antissemita do nazismo. Sei perfeitamente que, quando o Estado disciplinar a economia, se defrontará com numerosas forças judaicas do capitalismo financeiro; mas essa luta não será mais que o reflexo da grande campanha anticapitalista: ela nada terá que ver com preconceitos raciais”. Miguel Reale, O Estado Moderno, 1934.
  • “Em torno do Integralismo têm sido feitas todas as explorações possíveis e impossíveis. A recente é a que se refere aos judeus. O Integralismo, porém, vai seguindo a sua marcha avassaladora e triunfante. Somos de fato nacionalistas, mas não cultivamos a xenofobia, que é um atributo dos povos atrasados. Combatemos o semitismo capitalista, mas não somos racistas. Admitimos o judeu que trabalha, que moureja honestamente a dura vida, respeitando a hospitalidade brasileira”. Departamento de Propaganda da Ação Integralista em Santa Catarina, A Gazeta, 8 de dezembro de 1934.
  • “Os Integralistas também são homens, e é justo que eles se revoltem quando são atacados por elementos semitas que abusam das nossas leis para se intrometer no nosso país. Assim como desejais saber o que quer fazer o Integralismo dos judeus, nós queremos saber o que querem fazer os judeus do Brasil e do Integralismo. Não temos preconceito de raça. Colocamos o problema no plano moral: para nós não há judeus e não judeus, mas homens honestos e homens desonestos. Os judeus honestos são tão merecedores de nossa estima como os brasileiros cumpridores de seus deveres”. Plínio Salgado ao Grão-Rabino do Brasil Isaías Raffalovitch, apud Miguel Reale, O Integralismo e os Judeus, A Offensiva, 13 de dezembro de 1934.
  • “Os judeus que se estabeleçam em nossa terra sem os pensamentos de formar uma nação dentro de uma nação; os judeus que vêm aqui para trabalhar com os brasileiros na construção de uma grande Pátria; os judeus que não procuram destruir os valores espirituais da civilização cristã; os judeus que não são instrumento do banqueirismo internacional ou agentes secretos do imperialismo vermelho de Moscou; os judeus que não segregam os seus descendentes da comunhão nacional; os judeus que não vivem de usura e do infortúnio dos produtores, esses nada têm a temer do Integralismo. Nossas fileiras estão abertas para os brasileiros de raça semita, assim como os judeus estrangeiros podem formar em nossa Legião dos amigos do Brasil desde que eles possuam consciência dos nossos deveres morais e cívicos. Nosso combate é contra o capitalismo internacional que afunda as garras no coração das pátrias, sabendo que entre os potentados desse Super-Estado não é pequeno o número de judeus. […] O elemento semita, que já colaborou na formação do Brasil colônia, pode e deve trazer o seu coeficiente poderoso de energias para a implantação do Estado Integral. Não há, pois, razão algum para se repelir o judeu de nosso movimento. E se alguém vos perguntar como recebemos os judeus, deverão responder: — De braços abertos se forem da marca de Disraeli e de Gino Arias, mas os expulsaremos do mesmo meio se forem discípulos de Trotsky ou de Rothschild”. Miguel Reale, O Integralismo e os Judeus, A Offensiva, 13 de dezembro de 1934.
  • “Temos de nos libertar da escravização ao banqueiro internacional e temos de impedir a formação de forças paralelas ao Estado, que entravam a ação deste e o levam a medidas favorecedoras de grupos políticos, econômicos e financeiros. […] Na grande maioria dos casos, a organização dessas forças paralelas e dessas propagandas malsãs é obra judaica. Nesse caso e só nesse caso, o Integralismo poderá combater o judeu”. Gustavo Barroso, A atitude dos católicos em face do Integralismo, A União, 30 de dezembro de 1934.
  • “Todos os integralistas que doutrinam no Brasil sustentam a tese […] o judeu não sofrerá nenhuma guerra do ponto de vista religioso e racial, todavia, não lhe será permitida a política de monopolizar o ouro e desnacionalizar a Terra da Santa Cruz”. A. Pompêo, Porque é que sou integralista, 1935.
  • “O Integralismo não é contra o judeu brasileiro e que se identificou com os destinos do Brasil. O Integralismo combate o judeu internacionalista que quer dominar e destruir a nossa Pátria”. Cartilha do Pliniano, Monitor Integralista n° 14, 15 de maio de 1936.
  • “O Integralismo não moverá uma perseguição implacável ao judeu, pelo simples fato de ser judeu. […] A nossa campanha denominada anti-judaica não significa um combate generalizado a todos os judeus. […] Os judeus que se aclimatarem ao Brasil, integrando-se na vida brasileira, naturalizando-se, demonstrando real interesse por uma solução acertada aos problemas brasileiros, colaborando sinceramente para o desenvolvimento do nosso progresso, comovendo-se ao ouvir o Hino Nacional Brasileiro, fiquem tranquilos esses judeus porque os integralistas os tratarão como bons amigos, não os incomodando. […] Nem todos os judeus têm o pensamento combatível do judeu clássico; nem todos são usurários, nem todos seguem as diretivas dos Protocolos [dos Sábios de Sião]. Sabemos, por outro lado, que não é só o judeu que tem espírito judaico. São reconhecidos os brasileiros que vivem a vida de judeu, com a mesma exagerada preocupação de usura e o mesmo desinteresse pela sorte da Pátria. […] Os bons judeus, naturalizados e amigos do Brasil, permaneçam tranquilos em seus lares, continuem a viver honestamente, concorrendo para o progresso e a grandeza da nação brasileira. Esses, não serão incomodados pelos camisas verdes”. José Venceslau Júnior, O Integralismo ao Alcance de Todos, 1935.
  • “O problema é econômico, e, mais do que econômico, é ético. Combater os judeus tão-somente por serem judeus não nos parece justificável, pois seria julgar os homens pelos aspectos exteriores e materiais da cor e do formato do crânio, o que repugna a um espiritualista”. Miguel Reale, O Capitalismo Internacional, 1935.
  • “Para nós, não há uma questão de raça, mas um problema de moral. Semitas ou não semitas, os exploradores dos povos têm seus dias contados”. Miguel Reale, O Capitalismo Internacional, 1935.
  • “Não somos antissemitas: somos nacionalistas e colocamos nossa Pátria acima de nossa própria vida. Se o judeu ou qualquer outra raça colaborar para o bem da nação, o Integralismo acatá-lo-á como amigo e o defenderá como nacional. Se o judeu, ou quem quer que seja pretender opor-se aos nossos supremos ideais de nacionalidade, será esmagado. […] Podem, pois, estar tranquilos os bons judeus, que é contra os maus, somente, que se voltará nossa repressão inexorável”. Ferdinando Martino Filho, Pela Revolução Integralista, 1935.
  • “Não é justo estabelecer uma campanha contra a raça, na forma de um antissemitismo que não se coaduna com as finalidades do Integralismo, que se baseia na máxima Justiça”. Ferdinando Martino Filho, Pela Revolução Integralista, 1935.
  • “Justamente por ser nacionalista, o Integralismo começa por acatar e respeitar as pátrias alheias. O próprio judeu sem pátria será objeto do seu acatamento. O Integralismo não combate ao judeu, mas aos seus processos de usura e aos seus métodos desumanos de comércio”. Victor Pujol, Rumo ao Sigma, 1936.
  • “Nós brasileiros devemos nos libertar do jugo do capitalismo financeiro e do agiotarismo internacional, sem que para isso abandonemos os princípios éticos para descambarmos até aos preconceitos racistas. A moral não permite que se distinga entre o agiota judeu e o agiota que diz ser cristão; entre o açambarcador que frequenta a Cúria e o que frequenta a Sinagoga”. Miguel Reale, Nós e os fascistas da Europa, Panorama n° 6, abril-maio de 1936.
  • “O problema não é, pois, dos que são judeus ou não, porém dos que são homens honestos ou desonestos. A questão se reporta, desta maneira, do plano material da composição de uma raça, para o plano superior dos valores espirituais de cada pessoa. […] No seio da raça hebraica há comunistas e cristãos. […] Há os que, sendo honestos e trabalhadores, granjeiam a nossa estima e há os que, sendo maus e exploradores, são indignos dela. Os judeus serão tratados por nós, conforme procederem. Esta é a nossa tese”. Alfredo Buzaid, Os judeus, A Offensiva, 14 de junho de 1936.
  • “Na nossa opinião, Hitler comete um erro, todavia, na sua campanha anti-judaica. Ele combate os judeus em nome do racismo ariano. Ora, sendo o judeu o maior de todos os racistas, não é possível combatê-lo com outro racismo e sim com um antirracismo. O que se deve combater é justamente o racismo judaico”. Gustavo Barroso, Judaísmo, Maçonaria e Comunismo, 1937.
  • “Não somos anti-judaicos no sentido de perseguir os judeus”. Gustavo Barroso, Judaísmo, Maçonaria e Comunismo, 1937.
  • “Nós integralistas, não combatemos o judeu em si, mas combatemos o orgulho racial que professa. Que se acomodem na vida nacional e ninguém lhes porá pedras em seu caminho”. Wolfram Metzler, Aus unserer Mappe, Der Kampf, 31 de março de 1937.
  • “Enquanto que o Nazismo combate o Judeu, o Movimento dos Camisas Verdes não tem finalidade racista, combatendo o sistema judaico bancário porque ele escraviza a nossa soberania aos interesses de sua finança”. Alberto Silvares, O Comunismo e seu Contra-Veneno, 1937.
  • “As manifestações de antissemitismo virão, talvez, empanar as nossas tradições de alta hospitalidade, que devemos defender a todo o transe. Apontando rumos à política nacionalista, não somos levados pelo antissemitismo. […] Porque o nosso nacionalismo não se baseia na unidade étnica e na sua conservação pela exclusão de outras raças. O que pretendemos é justamente impedir que se formem e alicercem núcleos raciais autônomos dentro da nossa pátria, que se está formando pelo caldeamento de muitos sangues”. Anor Butler Maciel, Nacionalismo, 1937.