Alguns afirmam que o Integralismo defende o totalitarismo de Estado, como o fascismo. Isto é falso.
- “Combatendo [o enfraquecimento] da autoridade nos domínios nacionais e internacionais, precisamos livrar o enfermo de um suicídio, que seria a adoção de uma doutrina de autoridade absoluta, que redundaria no estatismo absorvente, consequentemente no desaparecimento do próprio Estado […]. A autoridade do Estado, levada à sua extrema consequência, redunda no aniquilamento do indivíduo e no predomínio exclusivo de alguns indivíduos pretensos representantes da massa”. Plínio Salgado, artigo publicado em 1931 no jornal A Razão, O sofrimento universal, 1934.
- “[O] espírito [fascista] anima uma estrutura política de absoluta centralização (Estado totalitário) somente comparável à realizada pelo governo dos Sovietes”. Miguel Reale, A posição do Integralismo, Estudos Integralistas, abril de 1933.
- “Não será apenas o Estado Totalitário, de um absolutismo absorvente, mas o Estado Integral, índice ele próprio das relações dos movimentos sociais”. Plínio Salgado, discurso de 5 de agosto de 1933, A quarta humanidade, 1934.
- “O todo [do Estado] não deve absorver as partes (totalitarismo), mas integrar os valores comuns respeitando os valores específicos e exclusivos (integralismo)”. Miguel Reale, O Estado Moderno, 1934.
- “O Estado Integral não […] deve ser confundido com os Estados totalitários”. Olímpio Mourão Filho, Do Liberalismo ao Integralismo, 1935.
- “O Integralismo não quer construir o Estado Totalitário, pois quer construir o Estado Integral, o Estado Harmonioso”. Plínio Salgado, Carta de Natal e Fim de Ano de 1935.
- “Reagindo contra o Estado liberal impotente, caiu o Fáscio no exagero que deveria ter evitado: tornou-se totalitário […] [O] estatismo totalitário [é] absorvente da personalidade”. Arthur Machado Paupério e José Rocha Moreira, Introdução ao Integralismo, 1936.
- “O Integralismo não estabelece o Estado totalitário”. A. Pompêo, Discurso aos integralistas antes da Comunhão Pascoal de 1936.
- “Os mercados brasileiros consomem centenas de milhares de nossos livros. Além disso, publicamos vários jornais diários e cerca de uma centena de semanários. Todos falam da nossa doutrina. Porém fazemos mais: realizamos semanalmente em cada núcleo do País (e são 3.000) conferências doutrinárias. São 12.000 conferências por mês. São 144.000 por ano. Do Manifesto de Outubro publicamos desde 1932, mais de dois milhões de exemplares; do Manifesto-Programa, desde o começo deste ano, mais de 200.000 exemplares. Note-se que todos os Núcleos fazem publicações de folhetos e panfletos doutrinários. Aqui no Rio, temos realizado vários cursos sobre História, Direito, Economia, Finanças, Filosofia, Arte. Tudo isso, para explicar o que é o Estado Integral, muitíssimo diferente do Estado Totalitário. […] E, ao cabo de muito escrever e de nossos editores lançarem ao mercado edições sobre edições, pois somos hoje a mais procurada literatura nas praças do país, vem um idiota pretendendo dar lições a homens de valor de mais de uma centena de professores de Faculdades Superiores do Brasil, explicando que o Estado Totalitário vem de Hobbes e quejanda”. Plínio Salgado, Questão de honestidade, 27 de outubro de 1936.
- “Os Integralistas não querem o Estado totalitário”. Plínio Salgado, Estado Totalitário e Estado Integral, A Offensiva, 1° de novembro de 1936.
- “Os Integralistas são lógicos, tendo uma concepção totalitária do mundo e uma concepção não totalitária do Estado. […] Se adotarmos o Estado totalitário, então é que ficamos em contradição”. Plínio Salgado, Estado Totalitário e Estado Integral, A Offensiva, 1° de novembro de 1936.
- “Eu sou partidário do Estado Integral, não do Estado totalitário”. João Carlos Fairbanks, discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo em 26 de novembro de 1936.
- “O Estado Integral não será o Estado Totalitário, justamente porque se inspira numa concepção totalitária do mundo, da sociedade, da nação e do homem. […] Por conseguinte, um Estado que não é absorvente, não ultrapassará os limites que lhe competem. Respeitando a autonomia da família e cultuando as tradições nacionais, e sendo profundamente espiritualista e cristão, o Governo Integralista não oferecerá os perigos que um Estado exclusivamente nacionalista e sem conteúdo espiritual pode oferecer a um povo”. Plínio Salgado, entrevista a O Diário (Belo Horizonte), 1937, apud Pe. Everardo Guilherme, Solidarismo e os sistemas fascistas, 1937.
- “O Estado Integral é antitotalitário. Os que acusam o Integralismo de querer a Ditadura e o Estado Totalitário fazem-no por ignorância ou má fé”. Gustavo Barroso, Integralismo e Catolicismo, 1937.
- “O Estado Integral, objetivado pelo Movimento do Sigma, se contrapõe […] ao Estado totalitário”. Tasso da Silveira, Estado Corporativo, 1937.
- “O Estado totalitário, portanto, de uma maneira ou de outra, se apresenta como senhor dos destinos dos povos, impondo-lhes autocraticamente os moldes que confeccionou segundo ideologias que desconhecem, sempre, as faces mais reais da realidade. Significa, de fato, a negação total, não apenas da pessoa humana, ou dos grupos biológicos, econômicos, sociais, mas do próprio indivíduo”. Tasso da Silveira, Estado Corporativo, 1937.
- “Em face do Estado totalitário, o Estado Integral, objetivado pela doutrina do Sigma, se define como um estimulador e realizador de virtualidades profundas da Nação, como um captador de energias dispersas, e, portanto, como um servidor humilde dos destinos coletivos, ao invés de como seu senhor absoluto”. Tasso da Silveira, Estado Corporativo, 1937.
- “Quem diz concepção totalitária [integral] do mundo diz, a um só tempo, combate à ideia do Estado totalitário”. Tasso da Silveira, Estado Corporativo, 1937.
- “O Sr. Armando Sales devia matricular-se num curso integralista, a fim de aprender a nossa doutrina, que é fundamentalmente contrária aos regimes ou Estados Totalitários. O Sr. Armando Sales ainda não sabe, e não é nenhuma criança, a diferença existente entre Estado Integral e Estado Totalitário”. Gustavo Barroso, A Sinagoga Paulista, 1937.
- “O Integralismo […] é antitotalitário”. Gustavo Barroso, A Sinagoga Paulista, 1937.
- “Totalitarismo, extremismo da direita e outras designações, que se tem emprestado para o Integralismo, são inadequadas e injustas, visando apenas torná-lo suspeito”. Lúcio José dos Santos, Sobre o Integralismo, revista Panorama, n° 12, outubro de 1937.
- “O Estado Integral, cúpula democrática duma Nação totalizada, somada, unida, resultante duma concepção totalitária do universo é anti-absolutista, anti-tirânico e anti-totalitário na sua concepção estatal. Se fosse totalitário, como apregoam os imbecis papagueando o que ouvem dizer, mentiria à sua concepção universal, que, essa sim, é totalitária. Se para a sua filosofia o universo é um todo, logicamente o Estado é parte desse todo, não podendo ser um todo, pois que, então, haveria dois todos: o todo do universo e o todo do Estado, um dentro do outro, encanudados”. Gustavo Barroso, O Estado e a Corporação, A Offensiva, 31 de outubro de 1937.