Para uns, o Integralismo afirma o culto ao líder, transformando um Chefe Nacional em “Führer” ou “Duce”, como o nazismo e o fascismo. Isto é falso.

  • “Civis e militares giram em torno de pessoas, por falta de nitidez de programas”. Manifesto de Outubro de 1932.
  • “O mal do Brasil é a personalização de todos os movimentos. O mal do Brasil é a megalomania dos que pretendem conduzir homens. […] O mal do Brasil é o endeusamento dos homens e a falência das ideias. O mal do Brasil são as homenagens repetidas e ridículas a pessoas”. Plínio Salgado, Elogio da Ausência, discurso aos formandos de Jaboticabal, 10 de dezembro de 1934.
  • “É justamente porque o nosso movimento difere do italiano e do alemão que devemos libertar-nos, definitivamente, da adoração dos homens, que é ainda um remanescente de uma época morta. […] Não me envelheçais, focalizando a minha personalidade. Procurai-me no meu Pensamento. Não me considero nem diferente nem melhor do que vós”. Plínio Salgado, Elogio da Ausência, discurso aos formandos de Jaboticabal, 10 de dezembro de 1934.
  • “Verificamos [na Alemanha] […] a concepção do Chefe, como um homem diferente dos outros, um semideus, a encarnação de Odin […]. [Nós, integralistas] concebemos a autoridade, não segundo o furor místico, exacerbado, doentio dos adeptos em torno do Chefe, porém, como um princípio de manutenção das estruturas orgânicas da sociedade”. Plínio Salgado, Carta de Natal e Fim de Ano, A Offensiva, 27 de dezembro de 1935.
  • “Seria indigno para mim que eu realizasse o movimento integralista baseado no mais grosseiro dos charlatanismos, inculcando-me como um milagreiro, um taumaturgo, e arrastando as turbas atrás de minha pessoa, transformada em abstruso ser anti-humano, monstruoso por ter saído da linha normal de um homem de Estado. Miguel Reale […] nunca seria capaz de acompanhar este movimento, se lhes dissessem que à frente dele estava um magnetizador de homens, ou um faquir, ou um iluminado, ou um profeta, ou um santo, ou um super-homem, ou um anti-homem, ou um monstro de forma humana e essência misteriosa. A sua formação intelectual exigiria saber a que princípios, a que normas, a que orientação prática obedecia o movimento e que garantias esse movimento poderia oferecer de solucionar os graves problemas sociais e humanos”. Plínio Salgado, Figuras da Nova Geração, A Offensiva, 4 de janeiro de 1936.
  • “A super-humanização do tipo Führer […] exprime um artificialismo político, que foge de toda a base de equilíbrio da razão humana”. Plínio Salgado, Nacional-Socialismo e Nacionalismo Cristão, A Offensiva, 14 de fevereiro de 1936.
  • “Os chefes fascistas são endeusados, tornam-se super-homens, e procuram poder cada vez mais. O centro da vida, para os fascismos é a ‘vontade de poder’. Somente o Integralismo pertence à Nova Humanidade. […] O Chefe não é um deus. É um homem que deseja reunir, criar cultura e fazer o bem. O Chefe não fabrica valores novos. Não determina o Bem e o Mal”. Mário Ferreira de Medeiros, O Integralismo e a Vontade de Poder, Panorama nº 2, fevereiro de 1936.
  • “Estes tempos não comportam mais os tabus humanos. Queremos estadistas. […] A velha enfermidade denunciada por Euclides da Cunha: o messianismo brasileiro. Doença de povos bárbaros, incapazes, talhados para o domínio estrangeiro”. Plínio Salgado, O drama de um herói, A Offensiva, 10 de março de 1936.
  • “A inteligência livre dos camisas verdes não acompanha homens. As vontades libertas dos integralistas seguem ideias, se filiam a pensamentos, a doutrina. […] Os adeptos do Sigma acompanham uma ideia, a serviço da qual está o seu Chefe, Plínio Salgado. Este, como aconteceu ao Chefe do Ceará, Capitão Jeová, se abandonar o Integralismo, irá sozinho, pois o que faz os seus comandados segui-lo é, unicamente, o Ideal que ele representa”. Ubirajara Índio do Ceará, discurso na Assembleia Legislativa do Ceará em 5 de julho de 1937.
  • “No discurso que pronunciei encerrando o Congresso de Petrópolis [em março de 1935], frisei este ponto, transmitindo uma ordem rigorosa às Províncias: este movimento é de ideias claras, nítidas, precisas, não de fanatismo em torno de uma pessoa. Determinei que os integralistas pensassem menos em mim e mais em nossa doutrina”. Plínio Salgado, Páginas de Combate, 1937.
  • “Não quero que ninguém venha para o Integralismo, por motivos de admiração pessoal. […] Recomendo aos integralistas, que não se preocupem com minha pessoa, mas com as ideias de que fui portador num momento histórico. […] Toda a minha preocupação tem sido transportar as preocupações de ordem pessoal, tão comuns no Brasil, para as preocupações de ordem doutrinária e especulativa”. Plínio Salgado, Páginas de Combate, 1937.
  • “Já é tempo de formarmos uma consciência nacional esclarecida e acabarmos com essa fase inútil que é a da adoração das pessoas. Eis porque não permito que os integralistas vejam em mim o Integralismo. […] Os camisas-verdes devem ter como chefe supremo a doutrina integralista. Não devem gastar o seu tempo em erguer hosanas ao Chefe, a cantar-lhe loas”. Plínio Salgado, Páginas de Combate, 1937.